A repentina prisão do caseiro
No domingo seguinte ao do assassinato,
passada a missa de sétimo dia rezada em intenção da alma do Coronel, o seu
filho estava fazendo uma faxina no quarto do pai quando se deparou uma camisa
xadrez, verde e amarela, totalmente manchada de sangue.
A inesperada aparição desta peça, que
poderia mudar os rumos da investigação, levou a um desfecho mais inesperado
ainda: a abrupta prisão do caseiro.
Almoçávamos em minha casa quando minha
mulher, ouvindo batidas na porta da frente, recebeu um dos meninos de recado, o
Bruninho. Tal como de costume, o pequeno mensageiro ia
disparando um discurso dirigido ao Guilherme:
- Tenho a subida honra, meu dileto mestre
Guilherme, arguto investigador, único nestas inebriantes paragens que, com seus
olhos atentos e faro de perdigueiro, a tudo elucida com perspicácia...