O pai dela era
marceneiro, dos bons. Fazia os móveis da casa e ainda presenteava os filhos, no
casamento, com uma cama confortável e de cabeceira ricamente entalhada a
formão. Veio moço da Itália, para conhecer a América, com alguns parentes. Só
voltaria uma vez para a terra natal: para se casar com a noiva que ficou
esperando e para obter a dispensa do Exército Real. Depois disso, muitas cartas,
que se perderam no tempo.
Postagem em destaque
Sobre o Blog
Despretensiosos e singelos: é assim que vejo minhas crônicas e meus contos. As crônicas retratam pedaços da minha vida; ora são partes da ...
segunda-feira, 20 de janeiro de 2020
segunda-feira, 13 de janeiro de 2020
Crônica - Marcha para oeste
Quando criança, conheci o Bugre, Seu
Joaquim. De fala mansa, poucos dentes na boca, barba branca e rala, dominava as
densas matas que davam limites à Vila Mamedina. Percorria as trilhas em busca
de ervas medicinais e com elas curava toda sorte de males e doenças da
vizinhança. Curou a perna da minha nona, que médico nenhum dava conta; só não
deu jeito de curar o netinho, João: o infeliz garoto morreu de tétano, que ninguém
nem sabia direito o que era.
Assinar:
Postagens (Atom)