Quando eu era mocinho, gostava dos bailes de
carnaval do CSEC, o clube social da minha cidade. Era dos primeiros a chegar ao
salão e ficava até alta madrugada, quando tudo então silenciava. Tinha uma
energia danada, pulava a noite inteira, cantava, brincava com os amigos –
cidade pequena, todos eram amigos.
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Sobre o Blog
Despretensiosos e singelos: é assim que vejo minhas crônicas e meus contos. As crônicas retratam pedaços da minha vida; ora são partes da ...
domingo, 29 de março de 2020
domingo, 22 de março de 2020
Conto - Em branco e preto, 4a. parte
Passei muitas
dificuldades. Sou descendente de escravos e nunca tive muitas oportunidades na
vida. Meu pai, que trabalhava em uma quinta, me colocou num
Seminário, onde me fiz Diácono. Hoje, felizmente, levo uma vida tranquila: com
minhas túnicas alvas, que contrastam com o meu tom de pele, exerço meu oficio
nas igrejas da região.
Conto - Em branco e preto, 3a. parte
Plácido
casou-se já com idade um pouco mais avançada, tomando uma jovem e bela mulher
como esposa. Talvez até mais por interesse, eis que ela herdara uma quinta,
famosa pela boa produção de uvas viníferas. Apolônia era o nome dela.
Conto - Em branco e preto, 2a. parte
Ao abrigo do
escuro e do disfarce eficiente, nosso Reggy se esgueirava, resoluto e firme,
pelas calçadas até à casa da amante, Apolônia. Ali, a sós, ambos se deleitavam
a mais não poder. Um homem de meia idade e uma mulher jovem, inquieta e cheia
de vida, de apetites insaciáveis.
sábado, 21 de março de 2020
Conto - Em branco e preto, 1a parte
Reggy era
frequentador assíduo de um casarão, aos fins de semana. Todos os sábados e
domingos, sem falta. Chegava sempre à tardinha, para jogar xadrez com um grupo
restrito de amigos. Levava o seu próprio jogo de peças, artisticamente
entalhadas em marfim e em pau-roxo, com peso na base e de perfeito equilíbrio.
Peças bem proporcionadas e acondicionadas no veludo de uma bonita caixa de
tampo marchetado e encerado, que carregava sempre consigo.
sexta-feira, 13 de março de 2020
Crônica - O amor ao longo dos tempos
Albert Camus,
argelino, legou uma obra sombria, A peste, com história ambientada na fictícia
Oran, cidade à beira-mar argelina. Talvez como metáfora da retirada das forças
de ocupação francesas, o autor nos dá o caos de uma cidade sitiada e fechada em
si mesma, num amontado de corpos humanos e de ratos.
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