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Despretensiosos e singelos: é assim que vejo minhas crônicas e meus contos. As crônicas retratam pedaços da minha vida; ora são partes da ...

domingo, 31 de maio de 2020

Crônica - E o Oscar vai para ...

Não vi a seleção húngara de futebol, de 1958, jogar. Dizem que era uma excelente esquadra, que merecia o título mundial; entretanto, Puskas e seus companheiros foram inesperadamente derrotados pelos alemães; a poderosa equipe húngara amargou o segundo lugar na competição, para espanto de todos.

sábado, 9 de maio de 2020

Crônica - Os meninos da Rua Paulo


Perdoem-me por voltar ao tema: Nemecseck é um personagem marcante; está entre os meus preferidos, dentre os memoráveis personagens da literatura mundial.  Menino pobre e franzino, morava na Rua Paulo, num bairro da periferia de Budapeste. Pertencia à Sociedade do Betume, composta por um grupo de crianças que defendia, no braço, o seu espaço perante os rivais. Ferenc Molnár imortalizou as históricas que poderiam ser vividas por qualquer menino, em qualquer lugar do mundo. Um livro que fica na memória, na tradução de Paulo Rónai e prefácio de Sérgio Buarque de Holanda. Guardo com muito gosto; leio e releio uma edição de folhas soltas e já desgastadas pelo tempo.

sexta-feira, 1 de maio de 2020

Crônica - Comendo livros

Alguns guardam, com orgulho, a cartilha Caminho Suave, que alfabetizou diversas gerações. Eu perdi a minha, de um modo inusitado. Um vizinho, que voltava da escola, parou na rua da minha casa: para fazer graça, tirei dele um livro ao acaso e dei para uma cabrita, que criavam no quintal da esquina. Ávida por qualquer coisa mastigável, a dita caprina estraçalhou justamente a Caminho Suave do menino. A estupidez me rendeu alguns puxões de orelhas e a perda da minha própria cartilha, que minha mãe me fez dar em troca do que restou daquelas páginas cheias de baba que jaziam por todos os lados.