Bugre era o apelido carinhoso de um vizinho na minha infância. Sua aparência física, rosto imberbe, a voz aguda e a (bonita) cor da pele justificavam a alcunha. Descendia dos caingangues, creio, que habitaram a região até o final dos 1800. Homem de fibra, traços fortes, de afável e educado trato, sobrevivia de aposentadoria após ter trabalhado na antiga Sorocabana. Na manutenção dos trilhos, percorria longas distancias pela zona rural, onde a vegetação nativa ainda estava preservada.