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Despretensiosos e singelos: é assim que vejo minhas crônicas e meus contos. As crônicas retratam pedaços da minha vida; ora são partes da ...

quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Crônica - Crônica condensada

 

Quando criança, eu tinha amizade com dois vizinhos; eram dois irmãos, Laércio e Wilson, com os quais passava as tardes brincando pelas ruas da Vila Mamedina. Ambos me faziam uma inveja danada, periodicamente:- a mãe deles, Dona Teresa, na compra mensal de mantimentos, dava uma lata de leite condensado para cada um. Eles faziam um furo na latinha e saiam para a rua. Passavam a tarde toda exibindo o troféu para os que, como eu, não se davam ao luxo nem sequer de experimentar tal iguaria. Degustar uma lata inteirinha, sozinho? Nem em sonho!

sábado, 9 de janeiro de 2021

Crônica - Memórias

 

Dele herdei o nome, os olhos claros e o gosto pela leitura. Fui seu ajudante durante dois anos, sobre a carroça que atravessava diariamente a cidade entregando lenha. Ainda não se falava em fogão a gás. E fazendo carretos diversos: pesados rolos de sola, do curtume para a Estação Sorocabana; compras mensais de mantimentos, da Sorocabana para a casa dos ferroviários, além de uma série de outras tarefas, sob sol ou chuva.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Crônica - Tugidos e mugidos

 

Os primeiros mugidos de gado eu ouvi quando menino, no Sítio do João Paccola, onde ia, todas as manhãs, buscar um litro de leite. Mugidos que me davam medo, me aterrorizavam: saia correndo, rapidamente. Não ficava para ver o boi, bastavam os mugidos. O gado tinha imponência e dignidade. Botava respeito, era reconhecido.