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Despretensiosos e singelos: é assim que vejo minhas crônicas e meus contos. As crônicas retratam pedaços da minha vida; ora são partes da ...

quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Crônica - O advogado cego


Trabalhei durante muitos anos da Justiça Federal, em São Paulo. A sua sede ainda ficava na Praça da República. Atendia balcão e fazia serviços de datilografia.

Crônica - Nas barrancas do Itaim



Excelentes papos com minha cunhada Lúcia, professora de mão cheia, sempre acompanhados de uma salineira amarelinha. Contação de história. Viagens no tempo, lembranças várias. Lembranças do Rio Itaim, que corre desde Cambuí, desliza pela Boa Vista, passa por trás do Algodão e acaba no Rio Sapucaí Mirim, beirando a Fernão Dias.  Daí para baixo, suas águas passam pelo Careaçu e ajudam a encher a Represa de Furnas. Depois, viajam até o Rio Paraná e banham, muito lá longe, Montevideo e Buenos Aires. Por fim, se perdem no Atlântico.

quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Crônica - A testemunha e a inspeção judicial


Foi com surpresa que vimos passar, pelos corredores do fórum, um séquito inusitado: juiz, oficial de justiça, escrevente, advogados, partes e testemunhas. O juiz vinha à frente: baixinho, com óculos de hastes e aros grossos, vestindo um elegante e bem cortado terno azul marinho, sorrindo como sempre. Era um cidadão simpático, muito querido no fórum. Gostava de se reunir com os servidores, à noite, para um churrasco. Invariavelmente, tomava umas cachaças; as amarelinhas, da terra e envelhecidas no carvalho, eram as de sua preferência. Recatado e cioso do cargo, jamais bebia em público e nem se embriagava; mas gostava da dita cuja.