És de pano escalavrado, oh! meu
chapéu,
presente que recebi de um lavrador.
Posto que farrapos, segues protetor:
no passo do tempo és meu sobrecéu.
Pelas lidas correntes sou menestrel
coberto do sol como um capinador.
Dos raros primados deste sonhador
Mereces tu, meu roto amigo, o laurel.
Alegres conhecemos belas Chapadas;
Juntos sofremos tristes tardes
cinzentas
pisando nas pedras como penitentes.
Velho conhecedor das minhas paradas,
caminharás sozinho pelas
tormentas
quando eu descer à cova dos
renitentes.
Nossa, professor! Não sabia que também era poeta! 👏👏👏 Adorei!
ResponderExcluirMuito agradecido pela sua visita, Pri De Bom. É sempre bem-vinda. Gosto de sonetos, mas ... quem me dera saber fazê-los adequadamente. Grande abraço.
ExcluirBonito soneto, com merecida homenagem ao companheiro de jornada, Parabéns!
ResponderExcluirDe fato, tem sido um grande companheiro, de grandes e inesquecíveis jornadas. Forte abraço, Clarice Villac, e muito agradecido pela sua presença.
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