Anuncio de pronto, para que não fiquem dúvidas nem arrependimentos:- esta crônica contém material sensível. Todos os cuidados são necessários antes de empreender a leitura; e se optarem por ignorá-la, caros leitores, caras leitoras, garanto que não perderão absolutamente nada.
Feio ou
bonito, pequeno ou grande, cor de rosa ou escuro, liso ou áspero, limpo ou
sujo, não importa: todos nós temos. E dele precisamos, diariamente, ou ao menos
a cada dois ou três dias; dele sempre nos lembramos. Tem muitas serventias e,
nesse particular, cada qual que faça do seu o que bem entender – absolutamente
nada temos a ver com isso.
Dizem,
inclusive que tem, tem medo. E como todos o têm, concluo que todos nós temos
medo. Dizem mais, que quando o medo é excessivo, ficamos com ele na mão! Quer
dizer, ficamos apavorados. Alguns, quando se assustam, ficam pasmados, dizem até
que ele caiu ao chão.
Quem tem
sorte é porque nasceu com o tal virado para a lua, como se o tivesse iluminado
– apesar de que ele fica naturalmente escondido, onde não bate nem sol e nem luar. Uma grande
amiga minha dizia, quando queria demonstrar a ignorância de uma pessoa:
“Fulano, coitado, não sabe nem fazer o ó com o O na areia!!!”. Outra (agora ex-amiga) dizia: “Quem demais se curva, mostra o O” – e mal sabia ela
que, tempos depois, viria, ela própria, a se curvar em demasia em uma manobra profissional reprovável (e eu é que não fiquei para ver o que ela mostrou; aliás, por isso que é ex-amiga).
Recentemente,
uma famosa tatuou o dela e divulgou amplamente a existência da decoração singular. Foi o que bastou para que um sertanejo universitário,
ignorando que deveria cuidar apenas do dele, logo se pôs a criticar a referida
obra de arte. Coitado do ignorante:- as críticas ao alheio tatuado desembocaram numa
grave demonstração de que estão usando o dinheiro público indevidamente, nos
últimos anos, para bancar shows (de qualidade duvidosa) milionários em diversas
cidades brasileiras, no mais das vezes em sacrifício das necessidades básicas
da população carente. Uma verdadeira farra, como se o erário público fosse o O da Mãe Joana.
Tal episódio
redundou em merecido arrefecimento destas gastanças e, claro, enraiveceu os famosos que eram diretamente
beneficiados – e também menos famosos que indiretamente delas se beneficiavam.
Em resumo,
meter-se com o alheio não é de bom tom; nunca sabemos do que um O é capaz.
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